Fuso Anual de Videoarte Internacional de Lisboa em Oeiras

Oeiras vai ser palco do FUSO, o único festival com programação contínua de videoarte nacional e internacional em Lisboa. Vai ter lugar nos dias 30 e 31 de julho, no Centro de Arte Contemporânea - Palácio Anjos (CAC – PA), em Algés.
30 jul 2021 - 00:00:00 Palácio Anjos

Oeiras vai ser palco do FUSO, o único festival com programação contínua de videoarte nacional e internacional em Lisboa. Vai ter lugar nos dias 30 e 31 de julho, no Centro de Arte Contemporânea - Palácio Anjos (CAC – PA), em Algés e oferece uma programação que vem ao encontro dos objetivos do festival de divulgar a videoarte realizada em Portugal, assim como formar novos públicos e estimular o pensamento critico da população local.

​​​​​​​Serão duas sessões, nos dias 30 e 31 de julho de 2021 (sexta e sábado), às 21H00, com entrada livre (limitada à capacidade do espaço e de acordo com as normas da DGS).

A primeira, com curadoria de Jean-François Chougnet, é dedicada à produção da videoarte nacional, apresentando as obras selecionadas e premiadas no Open Call 2020.

A segunda sessão, a cargo da curadora Cristiana Tejo, apresenta vídeos que re-imaginam radicalmente o mundo a partir de feminilidades múltiplas e de corpos e sexualidades dissidentes.
 

O FUSO foi criado em 2009 e confrontando linguagens já canônicas às mais contemporâneas, mostra obras em vídeo que cruzam as artes plásticas, a performance, o cinema, a literatura e os meios digitais, propondo uma nova abertura à imagem em movimento do século 21. As obras são selecionadas e apresentadas por curadores nacionais e internacionais que desenham uma programação exclusiva para o festival. 
 

O FUSO circula por diversas cidades de Portugal e de outros países, fomentando o desenvolvimento da arte nacional, contribuindo para a diversidade cultural e para a divulgação dos artistas portugueses dentro e fora do país.

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 30 de julho | 21h00

Sessão: Estruturar o Tempo

Curador: Jean-François Chougnet

Duração: 60 min

. "We Are All on The Same Bus", 2019, Nuno Serrão

. "Extraction: The Raft of the Medusa (for interdependence)", 2019/20, Salomé Lamas

. "Metalheart", 2020, Welket Bungué (Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT - escolha do júri)

. "Letters to Nowhere", 2018, Kopal Joshy (Prémio Incentivo RESTART - escolha do público)

. "I Have a Dream", 2020, Júlio F. R. Costa

. "Próxima Paragem", 2019, Florence Weyne Robert

. "O Pecado de João Palolo", 2020, Rita Azevedo Gomes

. "Hello Tomorrow", Nuno Cera (Prémio Menção Honrosa - escolha do júri)

. "My father has a gun", 2019, Ana Mendes

. "Corpos P̶a̶l̶i̶m̶p̶s̶é̶s̶t̶i̶c̶o̶s̶ Mnemónicos", 2020, Renata Ferraz e Flávio Almeida

 

Mais do que nunca, o Open Call do FUSO revelou - no difícil contexto da pandemia - a diversidade das práticas da videoarte feita em Portugal e/ou por artistas portugueses. 176 projetos foram submetidos a concurso, o que é mais um sinal da vitalidade da cena contemporânea portuguesa. Foram selecionados um conjunto de obras que surpreendem pela persistência e diversidade de olhares. Este conjunto de filmes mostra, de facto, caminhos insólitos e provocadores, e desafia as nossas perceções sobre a videoarte.

 

Dia 31 de julho | 21h00

Sessão: Bodies Frictions/ Fictions: Is the Future Female?

Curadora: Cristiana Tejo

Duração: 47 min

. "Heaven", 2016, Luiz Roque

. "Apesar do apocalipse, há o tempo", 2019, Laryssa Machada

. "La voz digital", 2018, Ana Esteve Reig

. "Sargaço", 2018, Frutífera Ilha

. "Antes do Azul", 2019, Romy Pocztaruk

. "Faz que vai", 2015, Barbara Wagner e Benjamin de Burca​​​​​​​

 

Vivemos um momento histórico em que o mundo parece ter chegado ao fim. Numa espécie de presente contínuo observamos as engrenagens do capitalismo global desacelerarem e todo um estilo de vida ser suspenso por conta de um vírus. Bodies frictions/fictions: is the future female? não busca responder a esta indagação, mas trazer como contraponto ao presente distópico, trabalhos de artistas que re-imaginam radicalmente o mundo a partir de feminilidades múltiplas e de corpos e sexualidades dissidentes. Ao mesmo tempo estes vídeos apropriam-se da linguagem da ficção científica na tentativa de descolonizar o imaginário de futuro, sequestrado e esgotado por uma ideologia tecnocrática, extensão da mentalidade colonial extrativista. Por isso, estão também presentes questões sobre nossa relação com as tecnologias, a natureza, o desejo e os sentidos, sendo a música apresentada como manifesto e ritual.

 

OEIRAS 27, Damos Forma ao Futuro