Acompanha em direto a Abertura da Exposição Fortificações de Oeiras - Património do Tejo e do Mundo

Hoje a partir das 18h30 no Facebook de OEIRAS 27
11 mai 2021 - 00:00:00
exposicao fortificacoes oeiras

A abertura da Exposição Fortificações de Oeiras - Património do Tejo e do Mundo e a Apresentação do Eixo do Património Marítimo da Candidatura Oeiras a Capital Europeia da Cultura será transmitida hoje dia 11 de maio, às 18h30, em directo do Palácio do Egipto, a partir do Facebook de OEIRAS 27.

A realização desta exposição pretende ser uma etapa propulsora da dinâmica de valorização patrimonial do legado militar da orla ribeirinha do nosso concelho, passível de ser apreendido na sua verdadeira extensão e na sua admirável diversidade.
A exposição é composta por 6 núcleos temáticos com vários temas associados.
O primeiro tem por base a Fortaleza de S. Julião da Barra e o Forte de S. Lourenço (Bugio) pela sua monumentalidade e importância patrimonial, tendo como tema associado as pedreiras de Oeiras. A Fortaleza de S. Julião da Barra é a mais importante e complexa construção militar do litoral português, com a qual se inaugurou a arquitectura abaluartada e na qual se encontram impressos os préstimos de um conjunto notável de arquitetos, também apelidada de «Chave do Reino». Já o Forte do Bugio é um manifesto à audácia e engenho humanos e ícone de referência da foz do Tejo e do litoral de Oeiras.
O segundo núcleo dá-nos a conhecer os Fortes da época da Restauração e da Modernidade Tardia, ao qual se associam os temas Artilharia de Costa e o Terramoto de 1755. Na defesa da restaurada capital criou-se uma cintura fortificada na linha de costa até Cascais, que expressa um planeamento estratégico até então ausente nos anais da defesa militar e de fortificação dos portos das nações marítimas.
Por sua vez, o terceiro núcleo versa as Fortificações da Guerra Peninsular e Invasões Francesas, cujo tema associado são as Fortificações Marítimas enquanto Prisões de Estado. As grandes fortificações, pela sua natureza e características, no reino português e nos demais, funcionaram regularmente como espaços de prisão até ao século XX, para prisioneiros políticos, na maioria dos casos, e também do foro civil.
O quarto núcleo temático diz respeito às Fortificações Marítimas Contemporâneas, incidindo sobre os Arquitetos e Engenheiros como construtores da paisagem fortificada. Estes, só com o fluir do tempo, foram adquirindo especificidade profissional, tornando-se os grandes construtores da paisagem fortificada de Oeiras e os primeiros modeladores da sua orla ribeirinha.
O núcleo seguinte fala-nos das Fortificações Contemporâneas com enfoque no Plano Barron. No rescaldo da II Grande Guerra, a quase totalidade das nações marítimas abandonaram o conceito de defesa fixa e, logo, da presença e utilização de fortificações. Não foi o caso de Portugal que, face a potenciais perigos do vizinho ibérico, e dadas as características naturais do porto de Lisboa, ensaiou e levou a cabo a adaptação de baterias já existentes, como no caso de Oeiras, e construção de novas unidades, para criar um sistema de vigilância e de barramento a armadas inimigas.
Por último, o sexto núcleo é dedicado ao Museu do Tejo. O trecho final da exposição, que emerge como epílogo ou conclusão impulsionada pelo elevado valor patrimonial e papel ordenador da fortificação na construção da paisagem ribeirinha, é dedicado à apresentação do futuro Museu do Tejo e a sua inscrição nos eixos temáticos da candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura 2027. Partindo do território de Oeiras, terá por objetivo a revelação da abrangência nacional e internacional deste projeto estruturante e da multiplicidade de vertentes culturais e patrimoniais que agrega, dimensão plural que ficará patente e traduzida na musealização da Bateria do Areeiro, o primeiro e decisivo passo que se pretende dar na consumação deste objetivo.


OEIRAS 27, Damos Forma ao Futuro